Descrição

O presente objeto faz parte do Trabalho de Conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia da Faculdade UNIJORGE. Compondo a disciplina Projeto Integrador com o objetivo de divulgar o “Jantar Gourmet”, em destaque a Chapada Diamantina e sua culinária.

Apresentar os pratos com inovação e tradição com base na culinária do século XXI com o olhar dos novos gastrônomos, ou melhor, gastrologo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A PALMA E SUA UTILIDADE NA CULINÁRIA

Estudos sobre os componentes nutricionais da palma forrageira indicam se tratar de um vegetal mais nutritivo do que os comumente encontrados na culinária vegetariana, como a couve, a beterraba e a banana, com a vantagem de ter baixo custo, sem pesar no orçamento das populações mais carentes. Vale reforçar que em países como o México, Estados Unidos e Japão este vegetal é um alimento nobre, tradicionalmente servido em restaurantes e hotéis de luxo, em preparos como sucos, saladas, pratos guisados, cozidos e doces.
Hoje, esses preparos recebem toques sofisticados da alta gastronomia, em pratos e bebidas saborosos e nutritivos. Principalmente, porque a palma forrageira passou a ser vista como uma das possibilidades de combater a fome e a desnutrição, tão presentes no semi-árido nordestino. Inclui o fato desta planta ser aliada nos tratamentos de saúde (é rica em vitaminas e  minerais, contendo 17 tipos de aminoácidos).
No Brasil, o preconceito impede o consumo humano da palma em maior escala, sobretudo pelo nordestino que vive no campo. Este aceita, no máximo, a planta para ração animal, informa o engenheiro agrônomo, chefe do departamento técnico da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Jorge Prado, um dos maiores difusores da palma na região[1].
No Ceará, a palma como alternativa alimentar é difundida por engenheiros agrônomos como Jorge Prado e Paulo Suassuna. Seu uso na culinária regional só precisa vencer o preconceito.

Em Lençóis, na Chapada Diamantina, o cacto ganhou uma segunda opção, a de fazer parte dos ingredientes de uma pizza[2] (anexo 03). A presença da palma na gastronomia local foi difundida por meio dos garimpeiros, que tinham dificuldade de conseguir alimentos durante o período de mineração, nos acampamentos montados em grutas de pedra.
“Alguns até usavam o mandacaru, o xique-xique e o cabeça-de-frade como opções para comer”, disse o pizzaiolo Renato Cesar Nicotera, dono da Oxente Menina Pizza na Pedra, em Lençóis.
Segundo ele, a palma é fonte de fibras, vitamina A, ferro e cálcio. “Aqui na região, palma é coisa fácil de se achar. Ela já vem picada e ensacada nas feiras e nos restaurantes de comida típica. Costuma ser um bom acompanhamento para outros pratos. Sempre gostei de usar ingredientes locais até por uma questão de sustentabilidade.”


[1] Rose Mary Bezerra- viva diário do nordeste - Publicado em 27 de junho de 2010. 
[2] Glauco Araújo - Do G1,publicado em 06 de julho de 2009.

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